Porque Obama ressuscitou Osama bin Laden



Porque Obama ressuscitou Osama bin Laden

Eleito como promessa de mudanças, Obama revelou-se mero continuísta da política repressiva, conspiratória e conservadora do governo de seu antecessor, George W. Bush. Há um ano das eleições, com sua reeleição claramente ameaçada pelo insucesso de seu governo, Obama assume de vez suas tendências republicanas e reacionárias, reeditando a política midiática do medo e da guerra com a mal explicada morte de Osama bin Laden.

*por Franklin Maciel

Um povo acuado, sem enxergar qualquer possibilidade de mudanças reais na melhora sua condição de vida num horizonte próximo, se agarra a qualquer pessoa ou idéia que se apresente como mudança, sem avaliar se este postulante a líder reúne condições mínimas de levar adiante a esperança que suscita.

Foi assim com a ascensão de Hitler na Alemanha e também com Barack Obama nos EUA. Líderes de discursos carismáticos, redigidos minuciosamente para nutrir a fome popular por mudanças políticas, econômicas e sociais mas que, uma vez instalados no poder, impõem a velha agenda, muito diferente da que os levou ao poder.

Um mundo ansioso por mudanças

Eleito na esteira de um movimento mundial de renovação de lideranças mundiais voltados à esquerda e comprometidos com mudanças sociais como Mandela e Lula, Obama, ao contrário destes, cujas motivações e identidades foram forjadas numa biografia de lutas contra regimes autoritários e elitistas, era um legítimo filho da classe média estadunidense, filho de professores acadêmicos, criado desde os 10 anos de idade pelos avós maternos (brancos) no Havaí, onde frequentava a elite local e pegava ondas, quase sem nenhum contato com a realidade do povo negro e pobre estadunidense. Em suma, enquanto Mandela era um negro lutando contra o Apartheid e Lula um nordestino pobre lutando contra a miséria, Obama foi um típico adolescente branco burguês que nasceu negro por mera casualidade, era o negro contador de piadas e amigo do protagonista das comédias adolescentes estadunidenses, o negro da casa grande que defendia o patrão dos outros negros escravos, não o negro que sofre preconceitos no dia a dia; não o negro preterido na hora de disputar um emprego por ser negro; não o negro logo acusado de ladrão quando alguma coisa sumia; não o negro barrado em portas de restaurantes, enfim, Obama era e sempre foi o “moreninho” charmoso da burguesia.

Yes We Can virou Yes, I Can

Nem havia tomado posse como presidente dos EUA, Obama e o mundo foram surpreendidos com a mais grave crise econômica desde a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, motivada pela contínua desregulamentação neoliberal dos mercados promovida nos últimos 20 anos pelos presidentes anteriores em conluio com os banqueiros de Wall Street. Alavancando dinheiro sem lastro, o sistema financeiro estadunidense levou à bancarrota diversos contribuintes estadunidenses que, do dia para a noite se viram sem suas casas, empregos e seguridade social, conquistada com anos à fio de contribuições pessoais de parte de seus salários.

Um prato cheio, uma oportunidade única para um verdadeiro estadista mostrar serviço, ainda mais um eleito contra todas as estatísticas e probabilidades através do apoio popular maciço, desmontando a rede de financiamentos de campanha responsável pela imobilidade dos governos em função do rabo preso dos eleitos com seus financiadores.

E o que fez Obama? Optou pelos jovens, negros, mulheres, desempregados e tantas minorias que o elegeram e fizeram dele o primeiro presidente negro dos EUA?

Não! Conservador e fraco, Obama ficou ao lado dos seus velhos amigos de Harvard, aqueles que sempre souberam que ele era negro só por fora, que apertava as mãos dos mais pobres e beijava criancinhas só por política, mas por dentro ainda era o mesmo “moreninho espirituoso” que frequentava as altas rodas do poder.

E, usando recursos na ordem de um trilhão de dólares que o governo não dispunha (endividando ainda mais o país), ao invés de promover um novo Neal Deal como Franklin Roosevelt, gerando empregos e renda e distribuindo a riqueza da nação por todos os membros, do mais rico ao mais pobre, assim fazendo a roda da economia girar, Obama preferiu saldar as dívidas dos banqueiros alegando que sem eles, esses grandes “visionários” que  apenas foram com muita sede ao pote, os EUA não poderiam sobreviver e se reerguer.

Daí por diante, Obama pode gradualmente ir se distanciando daqueles milhões de ingênuos que o elegeram e se aproximando das velhas oligarquias de direita que precisam manipular as ações do Estado para manter o seu poder e controle operacionais.

O Presidente da Guerra

O ataque às torres gêmeas em 11/09/2001 caiu como uma luva para que George W. Bush, que vinha fazendo um governo desastrado e impopular, iniciasse sua Política de Terror sobre o mundo sob o pretexto de combate a um novo inimigo muito conveniente (o terrorismo) pois, uma vez que não tinha cara nem nacionalidade definida, servia de salvo-conduto para todo tipo de ataque e atrocidade em qualquer parte do mundo, inclusive em solo estadunidense.

Essa nova política de Medo e Terror escorada em muita propaganda ideológica e armas, permitiu à Bush:
 
1) Encobrir os efeitos sociais e econômicos devastadores do neoliberalismo em solo Estadunidense, como o aumento crescente do desemprego estrutural (aquele que não depende de conjunturas econômicas desfavoráveis para o emprego desaparecer) ocasionado principalmente pela terceirização em massa da mão-de-obra e fábricas para outros países onde a legislação trabalhista é mais flexível e os salários mais baixos e a alavancagem de dinheiro movida à crédito fácil e papéis podres oriundas da total desregulamentação dos mercados;

2) Criar uma atmosfera de medo constante no cotidiano dos cidadãos de modo à induzi-los a abrir mão de suas liberdades individuais e ainda apoiar medidas repressivas que não só restringiam direitos básicos, mas permitiam a abertura de frentes de batalha por todo o planeta sem justa causa, senão o irracional argumento de “ataque preventivo”, em prol de uma falsa sensação de segurança;

3)  Apropriação de recursos naturais de outros países como petróleo e derivados por meio de guerras e invasões de maneira à utilizá-los e distribuir sua exploração entre empresas estadunidenses conhecidamente financiadoras de campanha, assim como artificializar um equilíbrio nas contas externas do Estado;

4) Criação de novas frentes de empreendimentos na reedificação dos países devastados pelo bombardeio estadunidense, como ocorrido no Iraque para exploração de empreiteiros e afins estadunidenses, de maneira a potencializar os lucros destes à partir da destruição, assim como da criação de alguns postos de trabalho no estrangeiro para cidadãos estadunidenses, seja na construção civil e no efetivo do exército, diminuindo a pressão por mudanças político-sociais na administração do estado, motivadas pelo desemprego e falta de assistência social;

5) Manter aquecido e rentável o setor da indústria bélica, principal financiador dos governos estadunidenses ao lado do setor petrolífero;

6) Esmagar e estigmatizar opiniões discordantes e adversários políticos, utilizando da intimidação legalizada pelo Ato Patriótico (espécie de AI-5 dos EUA) de modo à se perpetuar no poder e dentro de um modelo lesa-pátria.

Todas essas medidas garantiram uma certa zona de conforto ao governo Bush e sua reeleição, entretanto, seus efeitos colaterais entre eles o aumento do anti-americanismo no mundo, déficit fiscal cada vez maior e principalmente, o aumento das desigualdades sociais e problemas econômicos no país, contrastando com o avanço de outros países no cenário geopolítico como os Brics, e consequente diminuição da influência estadunidense nos mercados e no mundo, levaram os cidadãos estadunidenses a romper a atmosfera de medo, astuciosamente calculada pelo governo Bush, e seu uso abusivo do medo, onde a figura de bin Laden era o símbolo maior e mais conveniente (sempre que as pessoas conseguiam respirar do medo e começavam a se preocupar novamente com os problemas do dia-a-dia, lá aparecia uma das gravações em tape de bin Laden ameaçando o mundo ocidental, isso numa época em que até celular grava vídeos) e se rebelar contra esse modelo atrasado e belicista de gestão, encontrando na candidatura do então obscuro senador Obama, um discurso que prometia uma mudança radical dos rumos do país, com geração de emprego e maior seguridade social, onde o a proposta de universalização da saúde era um dos pontos chaves.

O Presidente da Guerra parte II

Obama, eleito sobre uma plataforma antibelicista, que prometia o fim da ocupação do Iraque, Afeganistão e da draconiana Guantánamo, que levou à morte mais de um milhão de muçulmanos, a grande maioria de civis (um novo holocausto semelhante ao nazista) manteve a política de medo do antecessor, adiando indefinidamente a retirada das tropas estadunidenses do Oriente Médio e, em alguns casos, estimulando e apoiando novas frentes, como no caso das guerrilhas líbias e negligência oficial (e apoio extra-oficioso)sobre os massacres de civis de seus aliados Iemen, Bahein e Arábia Saudita.
Processo esse, culminado com o surpreendente assassinato de Osama bin Laden, convenientemente acontecendo logo após se anunciar candidato à reeleição e tendo contra si um alto índice de rejeição por parte de seu eleitorado em razão do fracasso de seu governo e no descumprimento quase total de todas as promessas de campanha.

Vote Obama, o homem que matou Osama

Desde os ataques de 11/09/2001, Osama bin Laden, ironicamente, se tornou a melhor peça publicitária e cabo eleitoral dos presidentes estadunidenses, um verdadeiro coringa na manga, sacado sempre que necessário para reverter cenários políticos difíceis.

Eleito inimigo público número 1 do Ocidente pelos EUA, verdadeira reencarnação do Demo, o fato é que na única vez em que oficialmente bin Laden se manifestou sobre o atentado às Torres Gêmeas do WTC, logo após o ataque, o mesmo negou categoricamente sua participação nos eventos, entretanto, 5 dias depois, reapareceu em todos os noticiários de maneira exaustiva, num vídeo todo chuviscado, mais gordo e disfarçando a voz, assumindo toda a culpa e ameaçando novos ataques. Tempos depois, foi comprovado que este vídeo era fraudulento, mas a mídia mundial que tinha vendido o peixe simplesmente ignorou o fato e hoje, nem o primeiro vídeo onde nega a autoria, nem o segundo onde a confirma, se encontra em lugar algum. Também é bastante curioso que, depois desse incidente do vídeo falso, todo vez que bin Laden fazia novas ameaças, elas sempre vinham quando o povo estadunidense parecia ter se esquecido dele e começava a se preocupar e a cobrar do governo respostas para os reais e emergentes problemas nacionais e, mesmo num mundo onde a tecnologia disponibiliza a gravação de vídeos até em celulares e mp4s, Osama, conservador, preferia mandar suas mensagens ameaçadoras ao mundo por meio de fitas cassete, que a CIA estava de prontidão para afirmar a legitimidade, afinal, algo diz que as gravações foram feitas em seus estúdios.

O tempo passou e Osama primeiro virou piada e depois caiu no esquecimento, existindo só como fantasma que já não era levado mais a sério. Suas ameaças por fita cassete, cada vez surtiam menos efeito, transformadas em anedotas, seu poder de desviar as atenções da sociedade desapareceu e as pessoas passaram a cobrar ações diretamente ligadas ao seu dia-a-dia, como emprego, saúde, educação, moradia, respostas que o governo Obama, assim como de seus antecessores não estavam muito dispostos a discutir, muito menos a tentar solucionar pois dependem de uma mudança radical no “American Way Life” o que afetaria diretamente a vida e os lucros dos reais donos do poder.

Assim, se Osama já não tinha mais valor vivo, talvez ainda valha alguma coisa morto.
E depois de 10 anos, como um cristo às avessas, Osama é assassinado não para salvar o mundo, mas a reeleição de Obama.

Uma morte mal explicada e uma popularidade reconquistada

Anunciada a morte de Osama bin Laden, os EUA foram acometidos por uma catarse coletiva. Multidões comemoravam sua morte pelas ruas com o mesmo entusiasmo de um país que ganha a copa do mundo. Um momento de festa em meio a um período de muitas incertezas, de contas para pagar, sem grandes garantias em relação ao futuro... Mas que importa? 
Nessa noite, o Bem venceu o Mal, pouco importando que para vencer, o Bem se tornasse tão mal quanto o pica-pau.

Do dia para a noite, todas as incertezas desapareceram, a popularidade de Obama que se arrastava pelo chão explodiu; adversários políticos recolheram suas armas e se viram obrigados a bater palmas para não contrariar a opinião pública e Obama vestiu de vez o uniforme hipócrita e assassino da era Bush.

Demonstrando uma consideração e sensibilidade incompatíveis com os atos de um Neoimperador Romano que decide quem deve viver ou morrer (Mandou executar Osama em vez de prendê-lo e levá-lo a um tribunal para ser julgado por seus crimes contra a humanidade), Obama, respeitando o fato de Osama ser muçulmano, mandou que seu corpo fosse lavado segundo os rituais fúnebres islâmicos e lançado ao mar (em que parte da cultura islâmica, muçulmanos lançam corpos ao mar?) e negou-se a mostrar fotos e gravações que comprovassem que bin Laden realmente estava morto, optando por confirmar sua morte por um teste de DNA como nos programas sensacionalistas de TV à la Ratinho.

Peças que não se encaixam de propósito

Que Bin Laden está morto, restam poucas dúvidas, afinal, Obama não se arriscaria com um blefe deste tamanho, assim como Bush, caso tivesse envolvimento com os atentados de 11/09 não se arriscaria a manter um Osama bin Laden vivo que pudesse desmeti-lo, entretanto, propositalmente, muitas pontas foram deixadas em aberto, justamente para que a história não acabe na festa da catarse, mas dure, pelo menos, até as próximas eleições presidenciais.

Partindo do pressuposto que a versão oficial do governo Obama é verdadeira, e que Osama bin Laden foi morto durante a operação militar e não estivesse morto há anos, razão pela qual seria impossível mostrar seu corpo que já teria se decomposto há tempos, algumas perguntas ficaram sem respostas:

1) Como a elite da elite do exército estadunidense invade uma casa repleta de mulheres e crianças e, em vez de render bin Laden, um homem velho, doente e desarmado, executa-o com um tiro de fuzil em sua cabeça, despedaçando-a, de modo que se torna impossível sua identificação visual? Não teriam esses super soldados treinamento mínimo para imobilizar Osama bin Laden e assim levá-lo a julgamento num tribunal internacional, possibilitando que a verdade e outros responsáveis também pudessem ser punidos, fazendo assim justiça e respeitando as convenções internacionais?

2) Por que na mansão onde supostamente estava bin Laden não havia nenhum aparelho de hemodiálise, usa vez que tinha problemas renais crônicos e não se manteria vivo sem a ajuda desses aparelhos por mais de uma semana?

3) Onde foi parar o corpo de bin Laden? Por que supostamente tiveram por ele considerações fúnebres que não dispensaram a nenhuma das milhares de mulheres e crianças assassinadas por seu exército na ocupação do Iraque e Afeganistão?

4) Por que mantiveram e ainda mantém forças de ocupação no Afeganistão sob a justificativa de caçada a bin Laden, vez que, pelo menos há seis meses sabiam que bin Laden não estava lá?

5) Por que, posteriormente a notícia da morte e a confirmação do apoio popular, soltaram informações de que as pistas para chegar a bin Laden foram obtidas por meio de tortura, de modo a legitimar esse tipo de procedimento?

6) Por que invadiram o território paquistanês sem pedir autorização ao governo do país, violando assim a soberania daquele país?

7) Por que a insistência de que a Al Qaeda está mais viva do que nunca e fragmentada pelo mundo inteiro através do que chamam de cyberterrorismo?

8) Qual a garantia de autenticidade das promessas de retalhação pela morte de bin Laden em um site que diz ser da Al Qaeda?

9) Quem foram os reais beneficiados com os ataques de 11/09 e com a oportuna morte de bin Laden?

Ressuscitado Osama, como será o 3º Dia?

Não restam dúvidas que a execução de bin Laden e seus desdobramentos serão usados como trunfo por Obama afim de garantir sua reeleição, mas o que pode mudar no cenário internacional daqui por diante?

Paquistão
Não poderia haver país mais oportuno nesse momento para que os EUA encontrassem bin Laden que o Paquistão.
Fundado oficialmente em 1947 de uma divisão da Índia, desde então vive em constante conflito com este, um dos principais membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) grupo de países emergentes cujas políticas conjuntas se contrapõem em grande parte ao interesses econômicos e políticos estadunidenses.

O Paquistão também é o primeiro país no mundo possuidor de armamento atômico que teve seu território invadido pelos EUA.

A arbitrariedade com que os EUA invadiu seu território com o álibi de caçar bin Laden, causou grande divisão no país, assim como acirrou ainda mais o clima de hostilidade com a Índia,o que pode desestabilizar, desde que aprofundadas, as relações dos Brics.

Obamismo, o novo Macarthismo?

Ao se tornar mais republicano que os republicanos, abraçando de vez o belicismo de Bush como política, Obama deu indícios claros de que o assassinato de bin Laden é só o primeiro passo de uma nova “Cruzada contra o mal”, e que este mal, está ainda mais perto do que nunca, e se manifesta principalmente por meio do que chama “Cyber Terrorismo” que, na prática se constitui na repressão à toda e qualquer manifestação contrária (logo rotulada de terrorista), mesmo que individual, ao seu governo e seus métodos, no melhor estilo “Liberdade de Expressão, só para concordar”.

Esse tipo de política já havia se iniciado por diversos países antes mesmo da morte de Osama e deve se intensificar ainda mais, através do uso de meios de comunicação subordinados à CIA. No Brasil, o caso mais evidente é a Revista Veja, que um mês antes tentou vincular os atos do assassino de Realengo no Rio de Janeiro à rede terrorista Al Qaeda e depois não satisfeita, lançou um edição de capa sem qualquer conteúdo e compromisso ético, insinuando que a alguns árabes estelionatários seriam representantes da Al Qaeda no país.

É a velha política macarthista (caça aos comunistas e patrulhamento ideológico) implementada entre os anos 40 e 50 do século passado de cara nova, mas com o mesmo objetivo, coibir por meio da violência e perseguição aqueles que não se submetem à práticas imperialistas de exploração do mundo.

Nova crise econômica mundial

Com o endividamento cada vez maior da máquina pública estadunidense, afim de manter as diversas frentes militares mundo afora e sustentar os malabarismos do sistema financeiro, assim como o esfacelamento do mercado interno, a capacidade de honrar as dívidas contraídas pelo Estado estadunidense está por um fio e em breve, ver-se-ão os reflexos do modo artificial com que foi remediada a Crise de 2008, restando ao governo amargar a queda do Império Americano, não sem antes tentar transferir a conta para os países mais pobres e menos desenvolvidos através de guerras ainda mais sangrentas, cujo resultado pode tornar os Estados Unidos da América a nova Alemanha de Hitler.

Um futuro sem escolhas

Ao abdicar por completo de uma nova política que reaproximasse os Estados Unidos dos demais países, com investimentos sociais se sobrepondo aos interesses do setor militar e responsabilizando criminalmente os abusos de Wall Street ao invés de garantir-lhes os lucros e abusos custeados com recursos públicos, Obama matou qualquer esperança de mudança e, indiretamente, denunciou o falido sistema político estadunidense que desde o seu movimento de independência partilhou o poder entre dois grupos pertencentes à mesma elite, de modo a impedir o acesso pleno do povo à democracia real.

A Águia voou, voou e vai terminar ciscando como galinha.

Franklin Maciel

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