As Sacolinhas plásticas e a hipocrisia politicamente correta


As Sacolinhas plásticas e a hipocrisia politicamente correta

*Franklin Maciel

Encontraram o novo bode expiatório do aquecimento global: As sacolinhas plásticas de supermercado!

Exiladas por lei no Rio de Janeiro, a moda já pegou e todo político matuto que se preza, já está encaminhando projetos de lei em seus municípios e estados para acabar com esse mal, afinal, elas levam 300 anos para se decompor, ficando esparramadas por ai por séculos.

Curiosamente, esses mesmos gênios ambientalistas, esqueceram que as tais sacolinhas estão entre os objetos de uso diário mais reciclados que existem. Dificilmente alguém encontra uma dessas sacolinhas jogadas fora vazias. Normalmente são reutizadas após seu uso inicial como saco de lixo. (no Rio, o Bope ainda reusa as sacolinhas como instrumento de convencimento) Agora que não vai haver mais sacolinhas, onde as pessoas depositarão seu lixo para coleta?

Ora, em sacos de lixo, feitos de plástico mais grosso, que leva ainda mais tempo para se decompor e pelos quais terão de desembolsar mais dinheiro.

Agora uma pergunta: - Por que em vez de caírem matando sobre as sacolinhas não caíram de pau sobre as garrafas Pet, verdadeira praga ao meio ambiente, entupindo bocas-de-lobo, rios, aterros sanitários e para as quais há pouca, ou quase nenhuma serventia após o uso?

No Brasil usávamos com sucesso os cascos de vidro retornáveis, ninguém reclamava, todo mundo tinha seu engradado guardado em casa como ainda se faz com as garrafas de cerveja.
De repente, como num passe de mágica, as garrafas de vidro foram sumindo do mercado e em seu lugar entrando as malditas garrafas Pet.
No início, usando a mesma tática dos traficantes de droga, convenceram o povo a migrar do casco de vidro para a garrafa Pet vendendo a mesma que continha dois litros pelo preço da garrafa retornável de um litro.

Logo que as pessoas se acostumaram com o novo formato de 2 litros da garrafa Pet, supresa! Os preços voltaram ao normal e o cidadão se viu obrigado a comprar 2 litros de refrigerante quando de fato queria comprar só um.

Assim, nos forçaram e forçam até hoje a comprar dois litros de uma vez além de ter de pagar pela garrafa descartável para a qual só a Ana Maria Braga encontra utilidade em seus artesanatos de gosto duvidoso.

Deste modo, neste mundo politicamente correto, só nos resta abrir a garrafa de 2 litros com o resto do refrigerante de ontem e sentar na frente da teve e ficar tentando entender porque é tão importante assim nos preparar para o casamento do filho da Lady Di.

Franklin Maciel

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