Eleições ou Inquisição? Quando o radicalismo de poucos pode determinar o destino de todos
Eleições ou Inquisição? Quando o radicalismo de poucos pode determinar o destino de todos
*Por Franklin Maciel
De repente, as urnas se abrem e o que era improvável se confirma: 2º turno!
Escorados em calúnias sórdidas e num falso moralismo, pseudo-lideranças religiosas, num obscurantismo de fazer inveja à idade média, se engajam numa falsa cruzada da fé, demonizando uns e santificando outros, levando a candidata da terceira via, Marina Silva de 14% das intenções de voto à 20% dos votos, conduzindo as eleições presidenciais para o 2º turno.
Sem qualquer compromisso com a investigação da verdade e com os destinos do país, esses falsos profetas, usando e abusando do nome de Deus em vão, saem aos quatro ventos insuflando o ódio coletivo por meio de mentiras, meias verdades, de maneira a desestabilizar a fé das pessoas criando um falso clima de terror e histeria no melhor estilo George Bush e suas bombas de destruição em massa que nunca existiram.
Auto-intitulando-se defensores da vida, atiçam gasolina numa fogueira de ódio cego contra a candidata governista, Dilma Roussef, jogando sobre suas costas mentiras, calúnias e todos os pecados do mundo que eles próprios praticam às escondidas, reeditando as perseguições sofridas por Cristo e pelos primeiros cristãos, assim como depois promovida pelos mesmos cristãos com sua caça às bruxas na Idade Média.
A pergunta que deve ser feita em meio a esta onda de boataria e falso moralismo é essa: Quem ganha com isso?
Não precisamos ir muito longe para ver que o principal beneficiário desta onda de mentiras e perseguições escondidas atrás dum puritanismo religioso, é José Serra, o candidato da ultra-direita raivosa, acostumada a mandar e desmandar no país há 500 anos e que viu nos últimos 8 anos do governo Lula, seu poder ser radicalmente diminuído e distribuído aos poucos a todos os cidadãos, independente de sua origem ou situação econômica e isso, esses senhores feudais não conseguem admitir, porque pra essa gente não basta ter dinheiro, eles tem de oprimir o mais pobre, mostrar quem manda.
Fica claro que, diante disso, discutir o Brasil de antes e o Brasil com Lula, suas conquistas econômicas e sociais inegáveis não interessa, assim como também não interessa olhar para o futuro, pois a mínima comparação entre os dois projetos evidenciará que o projeto de Dilma e Lula busca garantir a justiça e direito para todos, enquanto o outro defende a manutenção de privilégios para poucos.
Também é claro e cômodo para o candidato da oposição,José Serra, duma hora pra outra defender bolsa-família que sempre chamou de esmola, tentar comprar o voto de eleitor mais pobre por R$62,00 de aumento no salário mínimo (mesmo que no Estado de São Paulo que governou não dê aumento aos funcionários há anos) assim como, fingir que é cristão mesmo sendo junto com FHC, ateu convicto e unir-se à liga da moralidade protestando contra o aborto depois de ter regulamentado a lei do aborto quando ministro da saúde. Aliás, porque a direita seria à favor de qualquer lei que discuta o aborto no Brasil? Quando suas filhas engravidam indesejadamente em festinhas, eles tem dinheiro para levá-las à clínicas particulares clandestinas e as mesmas saem de lá mais puras, virgens e intocadas do que nunca foram, assim como a mulher pobre, sendo obrigada à ter filhos sem qualquer condição de cuidar (afinal, pra essa gente quem recebe qualquer benefício do governo é vagabundo) acabará aumentando os problemas com educação, segurança, para que essa gente depois possa justificar investimentos maciços de dinheiro em prisões, armamento, policiais que no fundo, visam mais defender a propriedade do que o cidadão.
Martim Luther King, disse certa vez que o que o incomodava não era o grito dos maus, mas o silêncio dos bons, mas será mesmo que é bom quem banca o boi sonso e diante de problemas e desafios reais prefere se esconder atrás dos outros para, demagogicamente, atirar pedras? Seria está a postura que Cristo teria diante desses fatos, justamente ele que defendeu o amor, a verdade, que não se calava diante das injustiças e desafiou aqueles que não tivessem pecados a atirar a primeira pedra?
Ser cristão, muçulmano, budista, espírita e de qualquer religião, é muito mais do que frequentar igrejas, templos, mesquitas, é dar exemplo, é seguir os passos dos mensageiros de Deus, portanto, na hora de decidir o voto, não dê ouvidos aos falsos profetas, vendilhões do templo, mas ouça seu coração, olhe para seu país, para o que foi, para o que é, e para o que pode ser, e decida, de alma lavada, o melhora caminho para a nação.
Franklin Maciel
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Abraço.