V de Ouros
V de Ouros
Abandone as ilusões
Aceite a verdade nua e crua
O verme ao qual deu asas
Nunca será borboleta
O céu é para os que fazem juz
Não para os que se contentam
em rastejar e lamber botas
Eleva tuas preces à deusa da guerra e da justiça
que sua balança meça corações e atos
que sua espada corte o que precisa ser extirpado
Tudo está consumado
O arrependimento tardio da Magdalena renascida
Não vai curar o mal de suas tripas
E vai arrastar pelo corpo e pela alma sua dor e pecados
Como grilhões de um condenado
Até o fim dos dias
Tal Prometeu acorrentado
às suas infâmias e injustiças
E nada mais certo nessa terra
que a colheita do que foi plantado
Venderam o cordeiro por dinheiro e promessas
Mas ao ser imolado, de seu sangue nasceu um leão
Emplumado com as asas de fogo da Fênix
Restaurando a verdade e a nova ordem
Ditadores e apóstatas cairão
E um novo mundo voltado ao povo
Do Povo e pelo Povo
Emergirá sob hinos de vitória
Consagrando os esforços dos mártires
Tudo está consumado
Franklin Maciel
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