Um Jesus crucificado em cada um
Um Jesus crucificado em cada um
*Franklin Maciel
Há um Jesus crucificado em nós
Um Jesus desolado, cabisbaixo
Abandonado até por Deus
Um Jesus que perde a fé
Como o sangue que flui de seus pulsos
Atados a cruz
Um Jesus em dúvida
Prestes a se render
E aceitar seu destino de homem
Como homem é tudo mais fácil
Aceita a dor, a culpa, as desculpas
Sente que tudo é maior que ele
Apesar de fantasiar que sempre é maior que tudo
Mas é Jesus
E pode e vai descer da cruz
Mesmo sendo mais cômodo ser homem
E aceitar o seu fardo
Continuando pregado, sem olhar para os lados
E negar o seu dom
Está lá há tanto tempo
Que os pregos enferrujaram e a madeira apodreceu
Seus pés estão livres, suas mãos estão livres
Mas sua vontade deitou pelas pedras do calvário
Já não há morte, é verdade
Mas será que acredita?
Sua fé remove montanhas
Mas como vencer montanhas por nós mesmos erguidas?
Tantos foram os tijolos colocados no muro
Na esperança de ficarmos seguros que ficamos isolados
Acorrentados aos nossos medos, à nossa ignorância
Trocamos o céu por uns palmos de terra
Mas o Jesus desceu da cruz
E pelas mãos nos conduz até as paredes que erguemos
- Haverá algo lá? Alguém disse.
-Quem, se não há mais ninguém?
E as vozes foram se multiplicando entre os cegos apartados
Pelo imenso e intolerante muro
E eis que um dos cegos, lembrando que há um céu, ergueu a cabeça
E então pode ver um pequeno fio de luz
Que vazara entre os tijolos e tocava-lhe a testa
Então o medo deu lugar à esperança,
E foi removendo os tijolos um a um até que suas mãos em chagas
Encontraram outras restabelecendo elos de amizade
- Alguém vendo as chagas nas mãos disse: - É Jesus!
E uma voz vinda de dentro respondeu:
- Não, Jesus não é a chaga
Jesus é a vontade que sempre viva dentro de você estava
Agora ande, pois é longa a empreitada!
Franklin Maciel
*Franklin Maciel
Há um Jesus crucificado em nós
Um Jesus desolado, cabisbaixo
Abandonado até por Deus
Um Jesus que perde a fé
Como o sangue que flui de seus pulsos
Atados a cruz
Um Jesus em dúvida
Prestes a se render
E aceitar seu destino de homem
Como homem é tudo mais fácil
Aceita a dor, a culpa, as desculpas
Sente que tudo é maior que ele
Apesar de fantasiar que sempre é maior que tudo
Mas é Jesus
E pode e vai descer da cruz
Mesmo sendo mais cômodo ser homem
E aceitar o seu fardo
Continuando pregado, sem olhar para os lados
E negar o seu dom
Está lá há tanto tempo
Que os pregos enferrujaram e a madeira apodreceu
Seus pés estão livres, suas mãos estão livres
Mas sua vontade deitou pelas pedras do calvário
Já não há morte, é verdade
Mas será que acredita?
Sua fé remove montanhas
Mas como vencer montanhas por nós mesmos erguidas?
Tantos foram os tijolos colocados no muro
Na esperança de ficarmos seguros que ficamos isolados
Acorrentados aos nossos medos, à nossa ignorância
Trocamos o céu por uns palmos de terra
Mas o Jesus desceu da cruz
E pelas mãos nos conduz até as paredes que erguemos
- Haverá algo lá? Alguém disse.
-Quem, se não há mais ninguém?
E as vozes foram se multiplicando entre os cegos apartados
Pelo imenso e intolerante muro
E eis que um dos cegos, lembrando que há um céu, ergueu a cabeça
E então pode ver um pequeno fio de luz
Que vazara entre os tijolos e tocava-lhe a testa
Então o medo deu lugar à esperança,
E foi removendo os tijolos um a um até que suas mãos em chagas
Encontraram outras restabelecendo elos de amizade
- Alguém vendo as chagas nas mãos disse: - É Jesus!
E uma voz vinda de dentro respondeu:
- Não, Jesus não é a chaga
Jesus é a vontade que sempre viva dentro de você estava
Agora ande, pois é longa a empreitada!
Franklin Maciel
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