PROPAGANDA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NA TV TEM PROJETO DE LEI RESTRITIVA

PROPAGANDA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NA TV TEM PROJETO DE LEI RESTRITIVA

Ter, 8 de Abr de 2008 3:07 am

Que haveria resistência por parte dos fabricantes de bebidas alcoólicas à qualquer iniciativa legislativa restringindo a propaganda destes produtos ,todos sabíamos que iria ocorrer. O que não se sabia era que a indústria cervejeira tentaria fazer de idiotas a todos os brasileiros. Veja-se que "tanto a indústria de cerveja quanto os anunciantes argumentam que a propaganda não faz o mercado consumidor crescer, mas é fundamental para a concorrência" . Claro está que isto é uma falácia plantada para enganar a todos, como se enganar uma nação fosse possível. É também óbvio que a propaganda tende a aumentar o mercado consumidor incorporando crianças que cada vez mais cedo passam a consumir bebidas alcoólicas. A grande verdade é que "a propaganda diminui a noção dos riscos associados. A idéia, no caso, é focada na cerveja como algo que não tem conseqüências. A glamurização do produto induz ao aumento do consumo pouco responsável e temos pesquisas que concluem isso"
A grande verdade é que em 60% dos 35 mil acidentes automobilísticos fatais que ocorrem anualmente no Brasil, havia pessoas que consumiram bebidas alcoólicas. Há a constatação na rede hospitalar pública de crescentes custos necessários para tratamento de doenças provenientes do consumo abusivo de álcool. A severa regulamentação de propaganda de bebidas alcoólicas é uma premente necessidade da nação que precisa livrar seus cidadãos dos deletérios efeitos sociais do alcoolismo. O projeto de Lei 2733/08.
Didymo Borges

Governo apresenta projeto para restringir publicidade de bebidas alcoólicas na TV
04/04/2008 |
Henrique Costa
Observatório do Direito à Comunicação
A iniciativa do governo federal de pedir urgência na tramitação do Projeto de Lei 2733/08 e a sua possível aprovação nas próximas semanas deve encerrar uma definição curiosa do setor publicitário brasileiro. Aprovada em 1996, a Lei 9294 passou a definir o que, na prática, era considerado bebida alcoólica ou não para efeito de propaganda. Estabelecia então a chamada escala Gay Lussac de teor alcoólico em 13 graus, o que excluía cervejas, vinhos e bebidas "ice" da restrição à publicidade que as bebidas destiladas eram obrigadas a respeitar, das 6 às 21h.
Em novembro de 2005, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a consulta pública com a proposta de regulamento da propaganda de bebidas alcoólicas, tendo por base a Lei 9294/96 e o Código Brasileiro de Auto-Regulamentaçã o Publicitária. Agora, o PL 2733 pretende mudar essa história. O texto produzido pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Nacional Anti-Drogas reduz para 0,5 grau Gay Lussac o que deve ser considerada bebida alcoólica. Cervejas, vinhos e "ices", passariam, portanto, para efeitos legais, a ser o que todos já sabem, bebidas alcoólicas. A ironia, nesse caso, é inevitável, mas existe entre os setores envolvidos não só uma infinidade de interpretações como também discrepâncias sobre a eficácia da medida que, em última instância, pretende colocar limites sobre a publicidade, um setor que movimenta por volta de R$ 30 bilhões por ano.
Logo após o pedido de urgência do governo, a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) divulgou nota repudiando a iniciativa que, segundo a entidade, partiu "de convicções pessoais e da visão de reduzidos grupos de pressão setoriais". A ABA reivindica os princípios do Código Brasileiro de Auto-Regulamentaçã o Publicitária como o instrumento mais conveniente para arbitrar a respeito. A partir do dia 10 de abril, o Conselho Nacional de Auto-Regulamentaçã o Publicitária (Conar), órgão composto por empresas de mídia, anunciantes, agências de publicidade entre outros, pretende implantar novas medidas restritivas à propaganda de bebidas alcoólicas.
Já no início do documento sobre tais mudanças, o Conar faz a diferenciação entre "bebidas alcoólicas", "cervejas e vinhos" e "ices e assemelhados" . A justificativa para a distinção sugerida pela auto-regulamentaçã o diz que cervejas e vinhos são bebidas "normalmente consumidas durante as refeições, por isso ditas de mesa". Não é necessária muita sagacidade para constatar que nenhuma propaganda de cerveja incentiva tal utilização e que a destinação delas não pretende ser o ambiente familiar.
As entidades e organizações que defendem a restrição à publicidade sustentam que a medida é essencial para o combate ao uso abusivo do álcool. Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2004 apontam tendência de aumento do consumo de álcool no Brasil nos últimos 30 anos e a cerveja é, de longe, a bebida mais consumida no país. Mas o dado mais relevante para essa discussão consta no 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira. Segundo a pesquisa, a média de início do consumo de álcool no país está por volta dos 15 anos de idade, e a tendência é que essa média diminua ainda mais.
Quem educa?
"O grande benefício [da nova lei] é parar de deseducar as nossas crianças. A propaganda no Brasil deseduca nossas crianças sobre o efeito do álcool e da sua função social", afirma o coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Uniad) Ronaldo Laranjeira. O Movimento Propaganda sem Bebida, organizado pelo Uniad e pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, tem pautado a questão e entregou no último dia 2 ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, um abaixo-assinado com cerca de 600 mil adesões, pedindo a aprovação do PL 2733.
Para o superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, (Sindicerv), Marcos Mesquita, a discussão sobre a restrição à publicidade é "maniqueísta" e que seria "presunção" do governo tentar tutelar o povo ao adotar a medida. "Acredito que a influência às crianças através da propaganda não aconteça se cuidarmos do conteúdo. Já existe a proibição de consumo para menores", afirma, responsabilizando os pais pela educação dos filhos. "Nem a televisão, nem o Estado educam meu filho". E para salientar sua posição, o superintende do Sindicerv questiona se é necessário haver restrição a qualquer bebida alcoólica. "O governo acredita que é só parar de fazer propaganda e automaticamente acabam os problemas".
Laranjeira retruca a hipótese de que a propaganda auto-regulamentada não influencie nos hábitos de consumo de crianças e adolescentes e afirma que as empresas sabem disso. "Eles sabem que a propaganda influencia principalmente o público jovem, criando expectativas, atitudes e vontade de experimentação precoce. A educação não muda comportamento, a atitude muda, principalmente a exposição de imagens diárias, bem feitas e sedutoras, falando a linguagem do jovem, com humor, sexualidade e promessa de bem estar se houver o consumo".
Regulamentação
Tanto a indústria de cerveja quanto os anunciantes argumentam que a propaganda não faz o mercado consumidor crescer, mas é fundamental para a concorrência. Mesquita, do Sindicerv, vincula o aumento de demanda à necessidade de crescimento econômico. "Propaganda bem sucedida implica em aumento de vendas em cima dos concorrentes. Não dá pra colocar dinheiro no bolso do consumidor", afirma, e continua: "Na França aconteceu assim também. O que deve ser feito é aumentarmos a punição, fiscalizarmos o consumo de menores. Mas como a França fez, o ministro [da Saúde, José Gomes] Temporão acha que tem que fazer também", acusa Mesquita, citando o caso francês, onde a restrição da publicidade veio acompanhada de outras medidas.
O coordenador da área de Saúde Mental, Álcool e Drogas do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, refuta o argumento de Mesquita. Delgado utiliza o exemplo da Argentina, onde o vinho era historicamente a bebida mais consumida. Hoje, a cerveja ganhou a preferência dos argentinos, sobretudo por conta do investimento maciço na publicidade. "A propaganda diminui a noção dos riscos associados. A idéia, no caso, é focada na cerveja como algo que não tem conseqüências. A glamurização do produto induz ao aumento do consumo pouco responsável e temos pesquisas que concluem isso".
Sobre a defesa da auto-regulamentaçã o, o coordenador do MS lembra que o Estado tem uma responsabilidade de regulamentação definida constitucionalmente e que não se opõe ao mercado. "As experiências internacionais comprovam que a publicidade auto-regulamentada é muito flexível consigo mesma. Sem uma regra geral ela acaba sendo muito limitada".

Comentários

Anónimo disse…
Prostituião, Bebidas Alcoolicas, propagandas ETC!
São as coisas mais antigas do planeta, entre os homens das cavernas e as piramides até hoje, se fala muito e isso faz parte de todas as sociedades, a lei seca em alguns paises só aumentou a clandestinidade e a corrupção.
Esse problema somente é resolvido com educação e serenidade e não de MANEIRA ABSURDA E LOUCA COMO ESSAS LEI AUTORITÁRIAS REPRESSIVAS E COMO SEMPRE OS PROBLEMAS NO BRASIL SÃO RESOLVIDOS COM MULTAS.
Você que é a favor DESSA LEI, SAIBA QUE: SE TOMAR UM XAROPE, USAR UM ENXAGUATÓRIO BUCAL, PASSAR UM GEL MASSAGEADOR ETC. Estará infringindo a lei poderá ser preso e será sem duvida no minimno multado, como dizem os meios de comunicação NEGOCIE COM OS GUARDAS, ISTO É - SERÁ UM PRATO CHEIO PARA EXTORSÃO, já que a nossa policia é muito HONESTA E EFICIENTE! Assim Saia de casa sempre prevenido não escove os dentes nem use desodorantes e deixe uma graninha nos documentos do carro para o bondoso guarda libera-lo.
Ridiculo é um cara dirigir na contramão, arrebentar uma cancela na fuga, desobedecer a policia, parar num muro e não ser preso por que a DELEGACIA NÃO TINHA BAFOMETRO, O RESTO QUE ELE FEZ NÃO FOI NADA!
Parabens hó brasileiros
Ja com grabo juvenil
No universo entre os corruptos
O mais corrupto é o Brasil